Conselho Nacional do órgão divulgou um perfil étnico-racial dando luz aos desafios de inclusão na instituição
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) divulgou nesta segunda-feira (3) o perfil étnico-racial da instituição. A pesquisa revelou que, mesmo com a resolução reservando aos negros o mínimo de 20% das vagas no órgão, eles ainda representam apenas 15,8% do total de membros, que incluem promotores e procuradores.
“As pessoas brancas são maioria em todas as posições no âmbito do Ministério Público”, constata o relatório, completando que a presença de pessoas negras é inversamente proporcional ao status hierárquico das posições. “Embora negros sejam 40,3% dos estagiários, são negros apenas 15,8% dos membros.”
A pesquisa dividiu o total de quadro funcional entre membros (procuradores e promotores), servidores e estagiários. Em relação aos servidores, o Ministério Público conta com 32,3% de negros. A pesquisa foi realizada pela Comissão de Defesa dos Direitos Fundamentais (CDDF) em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Foram recebidas informações de 83.992 vínculos, sendo 13.008 membros, 53.057 servidores e 17.927 estagiários.