Segundo o Estadão, o indiciamento da Polícia Federal (PF) contra o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, apresentado em junho do ano passado, só chegou cinco meses depois à Procuradoria-Geral da República (PGR), a quem cabe apresentar ou não uma denúncia criminal sobre o caso. Nesse intervalo, o caso precisou voltar ao Supremo Tribunal Federal (STF) por questões processuais.
Juscelino Filho foi indiciado pela PF por corrupção passiva, organização criminosa, fraude em licitações, entre outros crimes. A investigação apontou que o ministro atuou em um esquema de desvio de emendas parlamentares quando era deputado federal.
Em 2023, o Estadão mostrou que Juscelino Filho direcionou R$ 5 milhões do orçamento secreto para a prefeitura de Vitorino Freire (MA) asfaltar uma estrada de terra que passa em frente à sua fazenda. A pedido do então deputado, os recursos foram parar na prefeitura da irmã de Juscelino Filho.
“O indiciamento é uma ação política e previsível, que parte de uma apuração que distorceu premissas, ignorou fatos e sequer ouviu a defesa sobre o escopo do inquérito”, justificou Juscelino Filho quando foi indiciado.
Por Luís Pablo